O bairro de
Taipas ficou conhecido por esse nome dada às construções com essa técnica,
trazida de Portugal, e usada na construção de casarões de fazenda. Taipas,
segundo o livro Bairros Paulistanos de A a Z, de Levino Ponciano, “era uma
grande fazenda ao lado da Serra da Cantareira”. A região já era citada no
século 17 por atas da Câmara Municipal, como um caminho, uma bifurcação que do
Pacaembu se dirigia para Emboaçava (antiga denominação da região da Lapa) e
dali seguia para Taipas, Jundiaí.
Se formos
considerar a história, verdadeiramente, como mostram os fatos, Taipas
comemorou, em 2008, 117 anos, se a data de referência fosse a mesma da
inauguração da Parada de Taipas, estação de trens aberta em 1º de outubro de
1891, e que depois ganhou o nome de Estação Jaraguá, e onde se desenvolveu o
bairro do Jaraguá. Como se vê, o marco do desenvolvimento urbano local foi a
estação de trens - que deu origem a dois bairros - sendo Jaraguá distrito.
Antes da Parada de Taipas existia apenas sítios, chácaras, alambiques, depois
dela vieram os loteamentos.
O primeiro esforço para dominar a região
aconteceu já em 1580, quando o bandeirante Afonso Sardinha tentou se
estabelecer no Jaraguá, para explorar ouro. Na ocasião, os indígenas que já
ocupavam o local impediram o bandeirante de se fixar ali.
A guerra que Sardinha declarou aos nativos
em 1592, quando era comandante da vila de São Paulo, durou cinco anos, e em
1597 ele começou a explorar as minas do Jaraguá.
A região do Jaraguá tem como referência, além
do pico, a estação de trem do Jaraguá que foi aberta em 1891 com o nome de
Taipas, e era conhecida como Parada de Taipas. Em meados dos anos 40, teve o
nome alterado para Jaraguá, que era o nome de um posto telegráfico situado um
quilômetro antes, sentido Capital-Jundiaí. O “Dia do Distrito de Jaraguá é
comemorado no dia 01 de Outubro, data da inauguração da estação.
O Jaraguá é o marco da desobediência ao Tratado das Tordesilhas, que delimitava as fronteiras do Brasil. É o símbolo do bandeirismo. O pico do Jaraguá, senhor dos montes, via passar ao seu sopé os caminhos que conduziam primeiro os índios, depois os bandeirantes pelo Brasil.
Descendente do bandeirante Bartolomeu Paes
de Abreu, da linhagem de Pedro Taques, o saudoso Acácio de Villalva narrou esta
lenda que ouviu seus antepassados contar.
Ao entardecer, quando o sol se punha por
detrás do gigante. Lá no horizonte, na hora da Ave-Maria, a família reunida no
confortável alpendre rezava com as vistas voltadas para o Jaraguá. À oração
vespertina muitas vezes ouvira a narração guardada pela família paulista
quatrocentona - a nuvem branca do Jaraguá.
Quando de São Paulo partiam as bandeiras
sertão a dentro, por dois ou três dias de caminhada, ainda conseguiam avistar o
Jaraguá.
Então, as mães, esposas e filhas que tinham
seus filhos, maridos e pais nas bandeiras, subiam até o pico do Jaraguá e, de
lá, com lenços brancos ou lençóis amarrados à bandeira, acenavam ao que cada
vez mais se distanciava. Era o adeus!...
Quantas lágrimas derramadas naquela
escalada, quanta esperança não se tornava em desespero, após esta última
despedida.
Agora, quando uma nuvem branca aparece
cobrindo o cimo do Jaraguá, em dia de céu límpido, é a alma daquelas que
morreram de tanto esperar, e ali voltam para a despedida final.
A nuvem branca é a soma de milhares e
milhares de gotas de lágrimas derramadas pelas que foram dizer adeus ao
bandeirante que partia para prear índios, buscar ouro, alargar as fronteiras do
Brasil.
E hoje, mesmo que seja lenda, a verdade é
que em maio, mês em que as bandeiras partiam, embora o céu esteja todo cor de
anil, lá em volta do pico do Jaraguá existe uma nuvem branca recontando o
passado glorioso dos paulistas - é a Nuvem do Adeus!...
*Coreto
Símbolo da história
da região, o Coreto estimulou ações culturais, educativas e atraiu os moradores
o lazer ao ar livre.
*Primeira
capela
A Igreja Católica está oficialmente presente no bairro desde meados da década de 1960, quando foi erigida uma capela em honra de Santo Estevão, que serviu para a realização de missas para os que ali moravam. Todavia, esta capela ruiu em meados da década de 1970.
*Igreja Santo Antônio de Taipas
Devido o desmoronamento dessa útima capela, foi edificado um outro templo, bem maior que, desta vez, foi dedicado a Santo António de Lisboa. Este templo está de pé até hoje, e localiza-se ne esquina da Estrada de Taipas com a Av. Raimundo Pereira de Magalhães, mais precisamente, na Estrada de Taipas nº 4.042, ao lado da Praça Fuhad Smire, conhecida no bairro por Praça do Coretinho, devido à presença de um coreto.
Em meados da década de 1980, a igreja foi desinstalada sob motivo de que uma nova igreja deveria ser erigida no centro do bairro, que, segundo pároco da época, seria próximo ao Hospital Kátia Rodrigues de Sousa, conhecido por Hospital Geral de Taipas, na avenida Elísio Teixeira Leite.
Mas em 2004, por exímios trabalhos do pároco Pe. Valdiran da paróquia São Luís Maria Grignion de Montfort, no Jarim Rincão, a igreja foi reinstalada sob o título de Comunidade Santa Cruz. Em 2007, o mesmo padre sugeriu à comunidade a adoção do nome antigo, e é chamada atualmente de Comunidade Santo Antônio de Taipas.
A Igreja Católica está oficialmente presente no bairro desde meados da década de 1960, quando foi erigida uma capela em honra de Santo Estevão, que serviu para a realização de missas para os que ali moravam. Todavia, esta capela ruiu em meados da década de 1970.
*Igreja Santo Antônio de Taipas
Devido o desmoronamento dessa útima capela, foi edificado um outro templo, bem maior que, desta vez, foi dedicado a Santo António de Lisboa. Este templo está de pé até hoje, e localiza-se ne esquina da Estrada de Taipas com a Av. Raimundo Pereira de Magalhães, mais precisamente, na Estrada de Taipas nº 4.042, ao lado da Praça Fuhad Smire, conhecida no bairro por Praça do Coretinho, devido à presença de um coreto.
Em meados da década de 1980, a igreja foi desinstalada sob motivo de que uma nova igreja deveria ser erigida no centro do bairro, que, segundo pároco da época, seria próximo ao Hospital Kátia Rodrigues de Sousa, conhecido por Hospital Geral de Taipas, na avenida Elísio Teixeira Leite.
Mas em 2004, por exímios trabalhos do pároco Pe. Valdiran da paróquia São Luís Maria Grignion de Montfort, no Jarim Rincão, a igreja foi reinstalada sob o título de Comunidade Santa Cruz. Em 2007, o mesmo padre sugeriu à comunidade a adoção do nome antigo, e é chamada atualmente de Comunidade Santo Antônio de Taipas.
*Hospital Geral de Taipas
O Hospital
Kátia de Souza Rodrigues é um centro hospitalar localizado no bairro de Parada
de Taipas, Subprefeitura de Pirituba, na
Zona Noroeste paulistana. Foi construído pelo
Governo paulista e inaugurado
oficialmente em 3 de novembro de 1991.
Em 1988,
a estudante Kátia de Souza Rodrigues, de 15 anos, moradora de Parada de Taipas,
sofrera um grave e fatal acidente de trânsito: um atropelamento; a jovem veio a
óbto em Agosto de 1988. A família da jovem decidiu, então,
doar todos os seus órgãos: os rins, as córneas, o fígado e o coração. A atitude da família comoveu todo o
bairro, a opinião pública e, igualmente, o Conselho de Saúde.Através da Lei 30.868 de 4 de dezembro de 1989, o Conselho de Saúde determinou como sendo Kátia de Souza Rodrigues o nome do hospital de Parada de Taipas.
O Hospital atende aos bairros de Parada de Taipas, Perus, Jaraguá, Pirituba e parte da Vila Brasilândia, o que todos esses bairros juntos, conseguem somar a quantia de, aproximadamente, 758.000 habitantes.
O que a igreja congregação cristã do Brasil tem a ver com a igreja da comunidade santo Antônio de Taipas?
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